A cidade de Génova é bem diferente da maioria das cidades italianas e, na minha opinião, não é, de todo, das mais interessantes deste país. Tinha cá vindo numa passagem fugaz durante um inter-rail e não fiquei com grande vontade de voltar, e passaram quase 30 anos para esse regresso. Mas desta vez a cidade pareceu-me bastante diferente, sobretudo na zona do porto que era apenas um porto industrial e agora toda aquela zona é uma imensa marina e um dos locais que mais atrai os habitantes da cidade e todos os que a visitam.
Historicamente a cidade é um local de referência, a antiga república marítima de Génova teve um papel de destaque na exploração do mar e no descobrimento de novas terras ao longo dos séculos da sua existência. Terá mesmo sido o berço oficial de um dos principais marinheiros da história, Cristóvão Colombo, ou Cristoforo Colombo, um genovês que descobriu meio mundo, embora nunca em representação do seu país natal... mas a realidade talvez não seja bem essa e talvez o grande almirante nem seja sequer genovês, mas isso são teorias de conspiração que vou desenvolver noutro post.
A cidade é bastante grande, mas os locais mais interessantes para uma visita turística acabam por se concentrar em três bairros, ou distritos, que incluem o porto e o centro histórico, com um emaranhado de ruelas e becos, ou Caruggi, como aqui são chamados. Foram esses três bairros, San Vincenzo, Molo e Maddalena, que percorremos ao longo do dia que passámos na cidade de Génova. Terminámos depois de uma breve paragem em Boccadasse, um antigo bairro típico de marinheiros e pescadores.
Mas antes de entramos definitivamente pela parte velha da cidade, estivemos no centro clássico da cidade, toda a zona em torno da Piazza de Ferrari, ou Piazza Raffaele de Ferrari, que é talvez a praça mais emblemática de toda a cidade, localizada no seu coração, quase no limite do centro histórico, e que é conhecida pela sua fonte majestosa, quase um ícone da cidade de Génova.
Na envolvente da praça existem vários edifícios clássicos, como o Palácio Ducal, o Museo Accademia Ligustica di Belle Ar, o Teatro Carlo Felice e o monumento a Victor Emmanuel II. Mas estão ali também alguns dos mais importantes edifícios de escritórios, sedes de bancos e companhias de seguros, o que torna esta praça como o principal centro financeiro e de negócios da cidade de Génova. No final do século XIX, Génova era um dos principais centros financeiros italianos, juntamente com Milão, e a Piazza de Ferrari foi sempre o lugar onde as grande instituições se estabeleceram, como a Bolsa de Valores, o Crédito Italiano ou a filial do Banco da Itália.
Hoje é uma praça movimentada, marcada sobretudo pela presença dominante da La fontana di Piazza De Ferrari, a mais importante de todas as fontes da cidade.
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