A cidade de Verona, como a maioria das cidades italianas, tem uma enorme influência da civilização romana, neste caso com vestígios muito presentes, como na Arena di Verona e no Teatro Romano.
Foi justamente pelo Teatro Romano e pelo Museo Archeologico que começámos a nossa visita a esta cidade do Norte de Itália.
Construído nas encostas da colina de San Pietro no século primeiro aC, mantém ainda hoje grande parte do auditório do teatro original, bem como vários arcos de galerias e restos significativos do palco.
O Teatro Romano é o edifício mais antigo de Verona, mas, apesar disso, é utilizado ainda hoje para alguns espetáculos e festivais durante o Verão, como é o caso do Festival Shakespeare e do Festival de Jazz de Verona.
Numa posição mais elevada sobre o anfiteatro surge o Museu Arqueológico, localizado no antigo convento de San Girolamo. O museu contém centenas de achados arqueológicos daquele local, que visitámos com todo o interesse e atenção, mas sem qualquer emoção.
Na verdade, para mim, o acesso àquela zona do site arqueológico constituiu sobretudo uma oportunidade para contemplar a paisagem fantástica que dali nos é oferecida, com uma vista panorâmica sobre o teatro, mas também sobre as casas e monumentos da zona medieval da cidade, que cresceu junto às margens do rio Adige, com a sua ponte mais antiga, a Ponte Pietra. Uma ponte romana em arcos construída no ano 100 aC e que nos leva, ainda hoje, a uma das portas de entrada no centro histórico da cidade.
Durante a Segunda Guerra Mundial foram explodidos propositadamente alguns arcos da ponte para, desta forma, fazer recuar as tropas alemãs. Com o fim da guerra a ponte foi reconstruída em 1957, com os materiais originais e, até hoje, mantém-se acessível como ponte pedonal.
Mais tarde, atravessámos a Ponte Pietra e fomos conduzidos até ao coração do centro medieval da cidade, com ruelas labirínticas e casas nos tons de ocre ou de terracota, tão habituais em Itália… como quem faz uma fascinante viagem no tempo e regressa à Idade Média.
Carlos Prestes
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